Justiça

Uber diz que vai recorrer da decisão do TRT da Paraíba que reconheceu vínculo empregatício a motorista do aplicativo

Em nota, a multinacional americana, prestadora de serviços eletrônicos na área do transporte privado urbano diz não reconhecer emprego formal de motoristas dentro da plataforma.

Uber diz que vai recorrer da decisão do TRT da Paraíba que reconheceu vínculo empregatício a motorista do aplicativo

Em nota divulgada ao Portal ClickPB, a multinacional americana, prestadora de serviços eletrônicos na área do transporte privado urbano​ explicou que não reconhece formalização de emprego. — Foto:reprodução

A Uber Technologies Inc. disse que vai recorrer da decisão do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (TRT-13º) que reconheceu vínculo empregatício a um motorista do aplicativo

Em nota divulgada ao Portal ClickPB, na tarde desta terça-feira (29), a multinacional americana, prestadora de serviços eletrônicos na área do transporte privado urbano explicou que não reconhece formalização de emprego.

“Os motoristas parceiros não são empregados e nem prestam serviço à Uber: eles são profissionais independentes…”, diz parte do texto da nota.

Leia o conteúdo da nota na íntegra a seguir:

Nota

A Uber esclarece que vai recorrer da decisão, que representa entendimento isolado e contrário ao de diversos casos já julgados por Tribunais Regionais do Trabalho de todo o país.

Nos últimos anos, os tribunais brasileiros vêm construindo sólida jurisprudência confirmando o fato de não haver relação de emprego entre a Uber e os motoristas parceiros, apontando a inexistência de onerosidade, habitualidade, pessoalidade e subordinação, requisitos que configurariam o vínculo empregatício. 

Os motoristas parceiros não são empregados e nem prestam serviço à Uber: eles são profissionais independentes que contratam a tecnologia de intermediação digital oferecida pela empresa por meio do aplicativo. Os motoristas escolhem livremente os dias e horários de uso do aplicativo, se aceitam ou não viagens e, mesmo depois disso, ainda existe a possibilidade de cancelamento. Não existem metas a serem cumpridas, não se exige número mínimo de viagens, não existe chefe para supervisionar o serviço, não há obrigação de exclusividade na contratação da empresa e não existe determinação de cumprimento de jornada mínima. 

O TST (Tribunal Superior do Trabalho), recentemente, decidiu em dois casos que não existe vínculo de emprego entre a Uber e os motoristas, considerando “a ampla flexibilidade do trabalhador em determinar a rotina, os horários de trabalho, os locais em que deseja atuar e a quantidade de clientes que pretende atender”. 

No mesmo sentido, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) também julgou que não existe relação de emprego com a Uber uma vez que os motoristas “não mantêm relação hierárquica com a empresa porque seus serviços são prestados de forma eventual, sem horários pré-estabelecidos, e não recebem salário fixo, o que descaracteriza o vínculo empregatício”. 

Em todo o país, já são mais de 470 decisões neste sentido, sendo mais de 100 delas julgadas na segunda instância da Justiça do Trabalho.

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