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Guerra de pesquisas: a quem interessa?

Saiba tudo sobre o jogo escandalosamente sujo das eleições.

Guerra de pesquisas: a quem interessa?

O eleitor que nada tem com a vida política, seus bastidores e artimanhas deve ficar completamente perdido nesta reta final de eleição. Afinal, quem tem razão? A pesquisa A, a B, a C ou nenhuma delas? Pra começo de conversa, antes de saber se há pesquisas mentirosas, precisamos responder a quem interessam as pesquisas.

As pesquisas eleitorais são um dos instrumentos de maior poder em uma campanha  e conseguem influir muito mais no resultado que qualquer outra ação de marketing. Sejamos, francos: é muito difícil que um eleitor indeciso escolha de última hora um candidato que tem um péssimo resultado nas pesquisas. Essa força de influenciar o resultado é justamente o que mais interessa aos candidatos.

Sendo assim, é comum ver gente que cresce na reta final e cria a famosa “curva ascendente”, somando votos suficientes para surpreender na reta final. Bem como há candidatos que são atingidos por uma “curva descendente” e decepcionam nos últimos dias. Geralmente as curvas surgem a partir de um fato midiático e com a divulgação das primeiras pesquisas, acabam sendo turbinadas e completam seu “serviço” através da leitura do eleitor de que o candidato A ou B pode ganhar.

Ou seja, está muito claro que as pesquisas interessam APENAS AOS CANDIDATOS, que utilizam seu poder de convencimento para persuadir os eleitores a acreditar que terão chances reais de vitória.

O que pergunto é se você se sente bem sabendo que tais dados são utilizados para te enganar?

Certamente isso deve incomodá-lo, mas se incomoda o que o impede de reagir? Vote consciente, independente de pesquisas! Faça uma escolha que tenha por base suas convicções e certamente será mais difícil se arrepender depois.

Respondida esta questão vamos a segunda: existe pesquisa mentirosa? Eu diria que sim e não. Como? Ora, toda pesquisa tem uma metodologia própria, uma margem de erro específica e muitas vezes estes mecanismos geram distorções. O que, em tese, explica a disparidade de números de um instituto para outro, mas o mais curioso é quando vemos uma empresa sempre dar vantagem para um candidato e outra para seu adversário. O que será que acontece neste caso? Aí entra a suposição e este é um terreno perigoso. Há quem diga que pesquisas “podem, mas não devem” ser ajustadas ao desejo de seus clientes dentro da margem de erro. Ou seja, em uma pesquisa com 4 pontos percentuais para mais ou para menos, você poder fazer enxertos de até 8%, sem que a pesquisa seja uma mentira. Pode isso? Claro que não! Isso seria crime, mas há sempre alguém fofocando sobre este assunto… Pessoalmente quero crer que nenhum instituto use de tais recursos.

No fim das contas, tudo isso só mostra o quanto o eleitor é feito de trouxa nas eleições. Quer realmente escolher os melhores candidatos, escolha pela razão, não vá “na onda” de ninguém e principalmente não venda seu voto! 

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