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Brasil vai monitorar passageiros vindos de Itália, França e Alemanha com sintomas de coronavírus

Região norte italiana confirmou seis mortes pela doença desde a semana passada; China, Japão, Coreia do Sul, Tailândia e Irã também estão no rol de alerta

Brasil vai monitorar passageiros vindos de Itália, França e Alemanha com sintomas de coronavírus

No caso do Irã, o país se tornou no domingo, 23, o que mais registrou mortes fora da china, com oito vítimas. Ao todo, são 43 casos confirmados entre os iranianos. — Foto:Reprodução

BRASÍLIA – O Ministério da Saúde adicionou nesta segunda-feira, 24, nove países na lista de alerta do novo coronavírus, incluindo os primeiros três da Europa: Itália, Alemanha, França. Além desses, entram no rol do governo federal Austrália, Filipinas, Malásia, Irã e Emirados Árabes. Isso significa que serão considerados suspeitos da doença passageiros que chegarem ao Brasil desses locais com sintomas da doença, como febre e tosse. Segundo apurou o Estado com integrantes da pasta, o novo enquadramento é resultado da confirmação da transmissão do vírus dentro desses países.

Antes da nova definição, pessoas com sintomas de gripe vindas da Itália, por exemplo, não recebiam atenção especial da vigilância sanitária brasileira, pois a suspeita de novo coronavírus era descartada na hora. Agora, haverá um protocolo específico em que, caso o passageiro tenha febre associada a algum outro sintoma, será enquadrado automaticamente como caso suspeito.

LEIA MAIS: Número de mortes por coronavírus na Itália sobe para cinco

Uma análise clínica poderá ser feita no desembarque pela autoridade sanitária e, caso a suspeita se mantiver, o passageiro deverá ser levado a um hospital. Além da China, epicentro do novo coronavírus, o Brasil já havia colocado no mesmo rol de alerta, semana passada, casos de passageiros vindos do Japão, Cingapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã e Camboja. Há recomendação do governo para que não sejam feitas viagens apenas para a China, onde mais de 2,5 mil pessoas morreram nos últimos dias após serem contaminadas.

Na Europa, a maior preocupação é com a Itália, que já registrou mais de 200 casos e seis mortes. O surto se concentra principalmente no norte do país, onde ao menos 11 cidades foram colocadas sob quarentena.

No caso do Irã, o país se tornou no domingo, 23, o que mais registrou mortes fora da china, com oito vítimas. Ao todo, são 43 casos confirmados entre os iranianos.

Segundo dados do Ministério da Saúde desta segunda-feira, 24, há quatro casos suspeitos para a doença no Brasil, sendo três em São Paulo e um no Rio de Janeiro. Já foram descartadas 54 análises. A avaliação de integrantes da pasta é que, com a inclusão de mais países na lista de alertas, o número de casos suspeitos deve subir.

Antes da nova definição, pessoas com sintomas de gripe vindas da Itália, por exemplo, não recebiam atenção especial da vigilância sanitária brasileira, pois a suspeita de novo coronavírus era descartada na hora.

Governo está em fase final de contratação de equipamentos

Segundo apurou o Estado, o governo está em fase final de contratação de equipamentos para combate a possível chegada da doença no Brasil, como máscaras e luvas. Já a contratação de mil leitos em hospitais, anunciada no fim do mês passado pelo Ministério da Saúde como medida emergencial, ainda está em análise.

“Buscando aumentar a capacidade assistencial e trabalhar de forma adequada as fases de contenção e mitigação descritas no Plano de Contingência, o Ministério da Saúde está em processo de contratação de 1.000 leitos de UTI distribuídos em todo território nacional. O mapeamento dessas necessidades se dá pelos profissionais da Secretaria de Atenção Especializada e Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde e que compõem o COE COVID-19”, disse o Ministério da Saúde, em nota enviada nesta segunda-feira.

O governo também corre para garantir a compra de imunoglobulina, medicamento usado em pacientes com imunidade baixa e para amenizar efeitos de infecções. O medicamento pode ser usado em pacientes infectados pelo novo coronavírus.

A ideia é trazer o produto emergencialmente da China e da Coreia do Sul, mas a finalização da importação ainda aguarda aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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