Três meses e um dia depois do desaparecimento da menina Fernanda Helen, 11 anos, a Policia anunciou na manhã desta terça (9), em entrevista coletiva na Espep, que o caso foi desvendado. Segundo o delegado responsável pelo caso, Aldrovilli Grisi, a estudante foi raptada com violência, em seguida agredida até morrer, tendo o corpo enterrado em uma cova rasa a 15 metros de sua residência.
O acusado pelo crime, Jefferson de Oliveira Soares morava vizinho a casa da vítima e se utilizou da confiança, por frequentar a casa de Fernanda a mais de 3 anos, e chamou a menina em sua residência para pedir dinheiro e comprar crack, mas como a garota tinha apenas um celular no bolso, ele acabou dando uma gravata nela, o que levou a menina a falecer.
Ao perceber que Fernanda não tinha resistido ao golpe, Jefferson escondeu o corpo debaixo da cama dele por dois dias, por volta das 2h da madrugada do dia 9 de janeiro, ele resolveu enterrar o corpo da garota em uma cova rasa envolvido em uma piscina de plástico que seria do seu filho.
Para o delegado, o acusado não é um psicopata, por ter matado Fernanda após usar 10 pedras de crack. Segundo ele, o crime foi consequência de um grande problema de saúde que vem ocorrendo no Estado que é o uso das drogas, em especifico o crack. “Ele não é um psicopata, é um homem frio e calculista”.
A morte de Fernanda foi desvendada através de uma estratégia de rota técnica feita com as pessoas que tiveram contato com o celular da garota após o crime. No dia 29 de janeiro, o celular foi localizado, e a Polícia começou a traçar o passo a passo, chegando a uma mulher usuária de drogas que recebeu o telefone das mãos de Jefferson e trocou por quatro pedras de crack.
Segundo o delegado, essa mulher que recebeu o celular se tornou a testemunha chave para desvendar o caso, pois ela revelou as características físicas e foi feito um retrato falado, que ajudou a identificar Jefferson, que vai responder pelos crimes de ocultação de cadáver, latrocínio, e provavelmente, por violência sexual.