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Dura lex, sed lex, maldito triplex

O que se observa é que estamos diante de um fato novo na vida política do Brasil, em que um ex-presidente está nas mãos da Justiça e não existem caminhos para “comprar” uma decisão favorável.

Dura lex, sed lex, maldito triplex

A Força Tarefa da Operação Lava Jato promoveu ontem uma entrevista coletiva onde detalhou toda a atuação do ex-presidente Lula no que chamou de propinocracia, instituída com a ascensão dos petistas ao Planalto. Pelas contas do MP são 10 anos dessa tal propinocracia que resultou no “Mensalão” e no “Petrolão”.

Não surpreendeu a ninguém a declaração do Procurador da República, Deltan Dallagnol, que disse que Lula é o comandante máximo do esquema de corrupção apurado pela Lava Jato. Na prática, todos que acreditam em tudo que foi revelado pela Operação, creem que o Planalto estava por trás de cada passo dado pela “quadrilha” que saqueou a Petrobras, entre outras estatais, mas ninguém esperava que um membro do Ministério Público tivesse coragem de dizer tais coisas! É aí que a porca torce o rabo!

Há duas semanas leio postagens em redes sociais de petistas do “rabo grosso” lamentando o fim da Lava Jato. Entre as queixas estava a afirmação de que Temer tinha determinado o fim das investigações…. Pois se determinou, ninguém deu trela e o resultado é que o pior pesadelo de Lula virou verdade. Sérgio Moro tem uma denúncia contra ele em suas mãos. E agora?

Tal qual Al Capone, que foi preso por um crime menor, o MP insiste no caso do tríplex, que para Lula é apenas “um três andar”, no edifício Solaris. O curioso é que a própria defesa de Lula não mantém uma linha sólida de defesa: entenda que quando falam sobre o tríplex dizem que Lula só esteve lá uma vez e por isso o imóvel não é dele, já no caso do Sítio de Atibaia ele esteve inúmeras vezes, mas não é dele e pior, a OAS resolveu pagar para guardar o que ele chama de “tralha” por um favor descompromissado. O detalhe é que a OAS, aquela do empresário Léo Pinheiro que diz ter dado R$ 2,5 milhões para a campanha a governador de Vital do Rêgo Filho, hoje ministro do TCU.

O que se observa é que estamos diante de um fato novo na vida política do Brasil, em que um ex-presidente está nas mãos da Justiça e não existem caminhos para “comprar” uma decisão favorável. O que vai prevalecer é dura lexsed lex, maldito tríplex.

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