Quem comentar qualquer fato político nacional entre os anos de 2014 a 2016 e não mencionar o ex-deputado, Eduardo Cunha (PMDB), estará distorcendo um dos momentos mais importantes da História do Brasil.
Cunha elevou a arte da picaretagem ao máximo! Foi algoz e ídolo da democracia, sem que jamais desse a mínima para princípios éticos. Foi o grande responsável pela perda do mandato de Dilma Rousseff, sem ter qualquer moral para pontar o dedo para as falcatruas dos seus adversários. Ajudou o Brasil a mergulhar na crise e apontou a saída desta mesma crise, ainda que só buscasse sua vingança. Assim foi Eduardo Cunha, para Roberto Jefferson, Meu Malvado Favorito.
Cunha tinha aliados na Paraíba, os deputados Hugo Motta e Manoel Júnior, ambos peemedebistas, além de Wellington Roberto (PR). Hugo não teve qualquer condição de partir em defesa do “amigo”, diante dos problemas enfrentados em Patos, já Manoel Júnior é candidato a vice-prefeito de João Pessoa e uma aproximação exagerada com Cunha neste momento poderia ter um preço alto. Resumindo, sobrou para Wellington que prometeu e votou, ao lado de nove parlamentares, pela absolvição de Cunha.
Para a maior parte dos brasileiros fica a certeza que mais um corrupto caiu, ainda que sua queda tenha sido provocada “apenas” por ter mentido à Comissão que apurava suas estripulias, o que cá pra nós faz pensar se não seria justo cassar os mandatos de muita gente que mente sem rancor.
Para Wellington, na prática, não fica nenhum desgaste! Para Cunha a estrada é tortuosa.