“Não sei se volto” diz Sabrina Sato chateada com afastamento do Pânico

Desde que foi afastada do Pânico na TV (Rede TV!), ao vivo, no domingo 2, a apresentadora Sabrina Sato tem procurado entender a decisão da direção do humorístico e ao mesmo tempo tocar sua vida. “Fiquei chateada. Eu gostava de fazer o que eu fazia, mas não pode mais”, diz ela a Gente, na primeira entrevista após o episódio. O afastamento da então musa do Pânico aconteceu após o Ministério da Justiça reclassificar o humorístico: antes livre, ele passou a ser impróprio para menores de 12 anos. Os motivos foram as “cenas de simulações de agressão física, assassinato e exposição de cadáver” do quadro “Lingeries em Perigo”, apresentado por Sabrina. A Rede TV! acatou a decisão – pelo segundo domingo consecutivo, o Pânico foi ao ar duas horas mais tarde, a partir das 20h –, mas vai recorrer.

“Uma reestruturação da participação da Sabrina já está sendo estudada”, diz Mônica Pimentel, superintendente artística da emissora, sem revelar em qual atração ela retornaria. “Sabrina não foi demitida”, afirma Emílio Surita, líder da trupe de humoristas. “Estamos aguardando uma análise do departamento jurídico (da emissora) para saber se ela volta ou não. Estamos preocupados. Afinal, o João Kléber saiu do ar e o Ratinho não existe mais.”

Fora do ar – também não vem participando da versão diária do
Pânico na rádio Jovem Pan –, Sabrina aproveitou o fim de semana
livre para relaxar em Penápolis, sua cidade natal no interior de São Paulo. “Tomamos sol e fomos em uma festa de amigos”, conta o amigo Yan Acioli.

Como foi seu afastamento?

O que eu sei é que tem uma determinação que impede o meu quadro de ir ao ar. Percebi que o clima estava tenso quando o Emílio voltou de uma reunião em Brasília, na sexta-feira (31 de março). Ele fez uma reunião com o grupo para dizer que o programa ia sofrer alterações. Todos os problemas que ele relatou estavam no meu quadro. Eu saí da reunião pensando: “Daqui para frente não vou mais ter liberdade para fazer nada”. Fiquei muito chateada porque acredito que o sucesso do Pânico vem de ele ter sido sempre transgressor.

Se o problema é o seu quadro, então por que não readaptá-lo?

Olha, não sei o que aconteceu em Brasília. Preferiram me cortar
a deixar o programa sair do ar, como acabou acontecendo com o
do João Kléber. O Emílio me falou que eu não estava adequada
ao programa.

O afastamento é por quanto tempo?

Não sei se ainda volto. Não sei se vou ficar esperando. Estou vivendo
a minha vida. Já recebi propostas (ela não quer revelar), vou voltar
a fazer cursos, de línguas e dança contemporânea. Queria voltar
para a faculdade de Jornalismo, que tranquei, mas não dá. As aulas
já começaram.

Mas seu contrato com a RedeTV! vai até dezembro de 2007
e a multa rescisória é de R$ 1 milhão.

Não sei de quanto é a multa. Eu ainda não conversei com ninguém sobre a minha situação na emissora, nem com o Emílio, nem com a Mônica Pimentel.

Há quem diga que seu afastamento é uma pegadinha, como o episódio do afastamento do Carioca, seu colega de atração.

Antes fosse! Ele quis sair porque não gostou da brincadeira, de terem chamado ele de gay. Depois rolou aquela história para ele voltar: de que ele tinha virado monge. Comigo é diferente, eu não queria sair. Além disso, eles jamais fariam isso comigo. Sempre trabalhei o dia inteiro, na rádio e na tevê, fui funcionária padrão.

O Pânico sobrevive sem você?

Todo mundo é substituível.

Você se vê fazendo algum outro programa na tevê?

Sinceramente, não tenho nem vontade. Quem sabe mais pra frente eu mude de idéia. Recebi muitas visitas, muita gente tem vindo em casa com dó de mim. É um saco isso (risos).

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