Reação

Reitor critica ‘patrulhamento ideológico e político’ que resultou em fiscalização do TRE na UEPB

Rangel Junior defende o debate de ideias na Universidade e orienta a reunião de provas dos fatos para acionar os órgãos responsáveis a fim de que as medidas cabíveis sejam adotadas.

Reitor critica 'patrulhamento ideológico e político' que resultou em fiscalização do TRE na UEPB

A manifestação do reitor se dá após críticas e denúncias nas redes sociais de que a comunidade acadêmica da UEPB estaria coagindo alunos a partir de preferências políticas. — Foto:Reprodução

Em meio ao acirramento às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais, o reitor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), professor Rangel Junior, criticou, na tarde desta quinta-feira (25), o “patrulhamento ideológico e político”, segundo ele, sofrido por professores, alunos e técnicos administrativos na instituição, que resultaram em fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em salas de aula da Universidade. 

A manifestação do reitor se dá após críticas e denúncias nas redes sociais de que a comunidade acadêmica da UEPB estaria coagindo alunos a partir de preferências políticas. O reitor divulgou nota repudiando, inclusive, a ação dos fiscais da propaganda, que considera ilegal e inconstitucional. 

“A Administração Central da UEPB vem a público ressaltar que a troca de ideias na Universidade, em relação a quaisquer que sejam as teses, os temas ou mesmo candidaturas, não é de controle, em hipótese alguma, de tribunal algum”, disse o reitor, por meio de nota. 

Segundo ele, essas atividades fazem parte da autonomia da Universidade, consagrada na Constituição de 1988. Ainda conforme a instituição, o artigo 207 da Constituição prevê nitidamente esta questão, quando dispõe que as universidades gozam de autonomia didático-pedagógica. 

“Ou seja, o que se discute em determinada aula, em determinado espaço de debate, é de responsabilidade exclusiva do professor ou da professora responsável por aquele componente curricular, evento ou debate. Sendo assim, ninguém pode cercear essa liberdade”.

Segundo Rangel, “tais ações caracterizadas como patrulhamento ideológico e político se revelam nitidamente indevidas e extrapolam os limites também da legalidade, porque mesmo os agentes da Justiça Eleitoral são regidos por uma legislação própria quando se trata da propaganda eleitoral”. 

Rangel ponderou que “estar em sala de aula exibindo um vídeo, debatendo algum assunto, trocando ideias ou debatendo algum texto não tem nada a ver com propaganda eleitoral, não pode ser caracterizado, em hipótese alguma, como propaganda eleitoral, muito menos irregular. Trata-se de um debate acadêmico no espaço da Universidade”, defendeu, destacando que a Universidade é local de pluralidade, múltiplas ideias e pensamentos, condenamos quaisquer tipos de cerceamento da liberdade de expressão das pessoas. 

“A Ouvidoria e a Procuradoria-Geral da Instituição estão aptas a receberem e averiguarem toda e qualquer denúncia relacionada a esta questão, indicando as medidas legais necessárias para a garantia da livre manifestação de pensar de todos os cidadãos e cidadãs. Orientamos que qualquer pessoa que se sinta impedida de expor seu pensamento reúna todas as provas possíveis dos fatos e acione estes órgãos para que as medidas cabíveis sejam adotadas”, orientou.

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