O juiz federal Sérgio Moro decidiu enquadrar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no “regime geral de visitas da carceragem da Polícia Federal”, o que significa que o petista poderá ser visitado apenas por seus advogados constituídos no processo e por parentes do primeiro grau, uma vez por semana.
Na tarde dessa segunda-feira (9), Moro ressaltou em despacho que Lula está detido em uma sala reservada, chamada de `Sala de Estado-Maior`, na sede da PF em Curitiba e com direito até mesmo a uma televisão, mas alegou que “não se justifica novos privilégios em relação aos demais condenados” no caso tríplex da Operação Lava Jato.
“O ex-presidente ficará separado dos demais presos, sem qualquer risco para a integridade moral ou física, a fim de igualmente atender à dignidade do cargo ocupado. […] Nenhum outro privilégio foi concedido, inclusive sem privilégios quanto a visitações, aplicando-se o regime geral de visitas da carceragem da Polícia Federal, a fim de não inviabilizar o adequado funcionamento da repartição pública”, escreveu Moro em seu despacho.
O ex-presidente Lula está preso desde o último sábado (7) em uma sala de 15 metros quadrados, no quarto andar da sede da PF em Curitiba. O local tem banheiro próprio e banho com água quente. Os demais custodiados da Lava Jato que se encontram no mesmo prédio, como o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, preso também em razão do caso tríplex, e o ex-ministro Antonio Palocci, estão no segundo andar.