A integrante do Cunhã Coletivo Feminista, Joana D’Arc da Silva, criticou a Igreja Católica, em entrevista ao Arapuan Verdade desta segunda-feira (17), sobre o posicionamento em relação ao aborto realizado na menina vítima de estupro pelo tio durante quatro anos, no estado do Espírito Santo. O arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson, disse também em que “a posição da Igreja todos conhecem. Nós somos a favor da vida em todas as circunstâncias.”
Na opinião de Joana D’Arc, “é preciso que essa instituição saia dessa tradição de ocultar o abuso sexual e saia desse casulo, de seguir protegendo os homens quando cometem abusos.”
Joana argumentou que “o que está em questão é revelar e denunciar o abuso, o machismo, a violação sexual que acontece com crianças e mulheres. Por isso que as feministas vão defender, nesse momento, que para a vida dessa criança é importante fazer essa intervenção. Foi importante e fundamental fazer a retirada do feto porque isso colocava em risco de novo a vida dessa criança. Essa é a opinião do movimento de mulheres, movimento feminista, não só da Cunhã, mas de quem defende a vida de qualidade.”
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O aborto foi realizado entre esse domingo (16) e esta segunda-feira (17), em diferentes fases, em uma unidade de saúde no Recife, em Pernambuco, após a criança ter atendimento negado no seu estado de origem.