Apesar da expressão inalterável e tranquila que sempre exibe em qualquer situação, Gunnar Nelson tem um senso de humor. O lutador islandês teve uma explicação cômica ao comentar por que decidiu usar uma guilhotina para finalizar Alan Jouban no coevento principal do UFC Londres, no sábado, em vez de encerrar a luta com golpes na cabeça após abalar o adversário com um direto de encontro e um chute alto.
– Era apenas a abertura mais óbvia para mim. Eu achei que a forma que se desenrolou foi a mais clínica, na verdade, em vez de correr pra cima dele e jogar um monte de golpes para conseguir o nocaute. Ele já estava acabado. Não havia necessidade de dar mais socos na cara. Ele também é um cara bonito. Ele é modelo. Não precisava bater (na cara) – disse “Gunni”, na coletiva de imprensa pós-luta, numa referência ao trabalho de Jouban como modelo fotográfico para marcas de roupa e relógio.
Nelson mostrou um pouco mais de seu senso de humor ao comentar o incêndio que tomou o hotel que hospedava os lutadores em Londres na noite de sexta para sábado, e forçou os atletas que competiriam poucas horas mais tarde a evacuar o local.
– Nós estávamos literalmente prestes a fechar nossos olhos e esse negócio (alarme) dispara. Nós não sabíamos se era só no nosso quarto. Na verdade, um dos meus companheiros de quarto peidou muito feio, e estávamos discutindo se tinha sido por isso (que disparou), porque foi horrendo pra c***. Desculpem, falei um palavrão – declarou o islandês, com a mesma expressão.
Gunnar Nelson, contudo, não está brincando quando o assunto é sua ascensão na categoria dos meio-médios. Nono colocado do ranking, o islandês de 28 anos ficou quase um ano parado entre sua vitória sobre Albert Tumenov, dispensado recentemente pelo UFC, e a vitória sobre Alan Jouban. Agora, ele deseja ficar menos tempo longe do octógono, e enfrentar um oponente de nome, que possa lhe levar mais próximo do título.
– O que quero agora é fazer mais duas lutas neste ano. Obviamente, receber alguns adversários bons, alguns adversários bem ranqueados, preferivelmente. (…) O tempo passado no octógono, posso aprender muita coisa ali. Houve alguns bons momentos lá dentro, e o tempo que você gasta lá, a sensação que sente lá e a energia, sinto que posso aprender muito com isso. Me senti diferente no cage desta vez. Está mudando um pouco para mim, e está melhor do que costumava ser – explicou Nelson.
Fonte: Portal Combate