Caminhada sábado

Amigos da Barreira protesta contra inércia da PMJP e degradação da falésia do Cabo Branco

Caminhada em defesa da barreira do Cabo Branco acontece no sábado (9), às 9h. Vice-presidente do GAB diz que projeto da prefeitura é intervencionista e prefeito só apresentou porque sabe que não tem dinheiro pra fazer

Amigos da Barreira protesta contra inércia da PMJP e degradação da falésia do Cabo Branco

Barreira do Cabo Branco — Foto:Walla Santos

Foto: Walla Santos

O Grupo dos Amigos da Barreira (GAB), representando a sociedade civil organizada, promoverá, neste sábado (9), às 9h, a II Caminhada em Defesa da Barreira do Cabo Branco. A caminhada é uma forma de protesto pela situação de degradação da falésia e ausência de medidas para contenção da erosão e recomposição da barreira. A concentração ocorrerá a partir das 8h na pracinha de Iemanjá, após o último girador da praia do Cabo Branco.

O vice-presidente da associação, João Arlindo Corrêa Neto, destacou que o protesto é apolítico e tem por objetivo reivindicar uma solução para o problema que depõe contra a Paraíba. “Esse cartão postal de João Pessoa está se perdendo. É uma vergonha que o turista visite aquela área da forma como ela se encontra, totalmente destruída”, afirmou João Arlindo. 

A associação alerta que aliado a fatores naturais, encontra-se a inércia dos gestores públicos. De acordo com o grupo, “a Prefeitura Municipal de João Pessoa mantém-se imóvel enquanto o problema agrava-se”. 

Participarão do protesto professores universitários, geógrafos e representantes da sociedade civil. O Grupo dos Amigos da Barreira é contra o projeto proposto pela Prefeitura de João Pessoa, que prevê a implantação de oito quebra mares no oceano, a cerca de 300 metros da praia.   

“Esse projeto é extremamente intervencionista, e além disso, não levou em consideração ‘n’ fatores, dentre eles a intervenção no mar, com a colocação de quebra mares, como o engordamento da faixa de areia, através desses gabiões. Esse projeto, além de ser horrível, é extremamente caro para o município. O prefeito apresentou aquele porjeto porque ele sabe que não vai fazer, ele não tem dinheiro para fazer aquilo, então é uma forma dele protelar”, disse.

De acordo com João Arlindo, existe um projeto anterior bem mais simples e mais exequível, inclusive com Eia Rima, baseado em um estudos interdisciplinares. Esse projeto não tem quebra mares. Tem o enrocamento, recomposição da barreira, entre outras medidas.”São intervenções mais simpples e menos agressivas ao meio ambiente e ao bolso do contribuinte”, afirmou.   

Patrimônio ameaçado – A barreira, que está ameaçada pela erosão, é um dos pontos turísticos mais conhecidos do Brasil, o Ponto Extremo Oriental das Américas, em João Pessoa. Do alto da barreira, a vista do Oceano Atlântico impressiona. Mas, nos últimos tempos, a destruição tem roubado a atenção de quem visita a falésia do Cabo Branco, a poucos metros da Ponta do Seixas, localizada na “beiradinha” do mapa do Brasil, no extremo do continente americano. A erosão ameaça o farol construído para simbolizar o ponto geográfico. A calçada cedeu e a área foi interditada. Mais à frente, o mirante “desapareceu”.

Estudos mostram que a falésia já esteve dentro do mar e tem diminuído até dois metros por ano. De baixo, é possível entender a gravidade. O material que se desprende é muito frágil, despedaça na mão. Em alguns pontos a base da barreira ficou mais estreita que o topo.

No topo da falésia, temos tráfego de veículos, que contribui de forma direta para desagregar o solo. Há falta de vegetação e construções de engenharia, que também potencializam esse processo.

“Nós já fizemos uma representação do Ministério Público Federal (MPF) e essa representação já se transformou num procedimento administrativo, que está bastante adiantado, inclusive com farta documentação. Eles estão na fase de juntada de documentos. Na representação, o GAB pede uma medida concreta, com ampla discussão na sociedade, de um meio para conter a erosão na barreira do Cabo Branco, que não é complexo, a complicação vem dos setores públicos”, disse. No pedido, também há a solicitação de que transforme a área em um parque.De acordo com João Arlindo, o grupo já conseguiu, com sua atuação, interditar parcialmente o tráfego de veículos e a recomposição da vegetação. 

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