Saúde

Promotora critica políticos e diz que crise em hospitais filantrópicos é real

A promotora criticou a classe política que, convidada, não compareceu ao encontro para debater a crise financeira que ameaça fechar os hospitais filantrópicos

Promotora critica políticos e diz que crise em hospitais filantrópicos é real

Crise ameaça hospital Padre Zé que pode fechar suas portas — Foto:Divulgação

A promotora de Saúde, Maria das Graças, do Ministério Público da Paraíba, sugeriu hoje (1º) durante reunião para discutir a situação de penúria nos hospitais filantrópicos da Grande João Pessoa, que se crie um Fórum Permanente para debater os principais problemas que entravam essas casas de saúde. ”Não podemos buscar soluções em apenas uma reunião quando são expostas as mazelas”, disse.

A promotora criticou a classe política que, convidada, não compareceu ao encontro para debater a crise financeira que ameaça fechar os hospitais filantrópicos. “Com exceção do vereador Raoni Mendes, políticos apenas mandaram representantes sem nenhum poder de decisão”, revelou. Ele sugeriu aos políticos paraibanos, independente de cor partidária, que coloquem emenda parlamentar à disposição dos hospitais filantrópicos.

Sensibiliza com a falta de recursos dessas casas de saúde até mesmo para cumprir suas obrigações com os servidores, devido a atraso de repasse do Sistema Único da Saúde, a promotora Maria das Graças aguarda documentos para interpelar judicialmente o SUS. “Vão nos entregar documentos em uma próxima reunião”, revelou.

De acordo com a promotora de Saúde a situação do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, é crítica. “O cônego Egídio de Carvalho, responsável pelo Padre Zé, nos informou que o pagamento de salários dos servidores referentes aos meses de janeiro e fevereiro talvez não seja quitado”.

Já a diretora administrativa do Hospital e Maternidade Flávio Ribeiro Coutinho, de Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, informa que as portas do hospital poderão ser fechadas em breve. De acordo com a irmã Fátima Silva, “a gente não sabe se chega daqui a dois meses porque nós temos uma folha de pagamento, nós temos que seguir tudo o que é exigido”.

A diretoria do hospital informou que caso seja confirmada necessidade de fechar as portas, “são 34 leitos diretamente conveniados ao SUS que deixarão de existir; um berçário intermediário que deixará de existir; é uma porta de rotatividade de 250 partos que terão que ser remanejados para uma estrutura que já está superlotada”.

O hospital e maternidade funciona há 52 anos de modo filantrópico e atualmente conta com 230 funcionários. A folha de pagamento mensal é estimada em R$ 355 mil e o custo efetivo da fundação chega a R$ 400 mil. O financiamento que chega à instituição, no entanto, é de apenas R$ 160 mil.

A diretoria do hospital foi enfática ao declarar que “nós estamos fechando a maternidade por falta de recursos. Se não houver uma intervenção das autoridades, não duraremos mais do que 60 dias com a maternidade funcionando”.     

   

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