Brasil

‘Não tá havendo morte de criança que justifique algo emergencial’, diz Bolsonaro

"Tá morrendo criança de 5 a 11 anos que justifique algo emergencial? É pai que decide, em primeiro lugar", afirmou.

'Não tá havendo morte de criança que justifique algo emergencial', diz Bolsonaro

"Não tá havendo morte de criança que justifique algo emergencial", disse a jornalistas no Palácio da Alvorada. — Foto:Reprodução

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) — O presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiu seu ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e disse, na manhã desta sexta-feira (24), que “não está havendo morte de criança” para justificar decisão emergencial sobre vacina da Covid-19 para crianças.

“Não tá havendo morte de criança que justifique algo emergencial”, disse a jornalistas no Palácio da Alvorada.

“Tá morrendo criança de 5 a 11 anos que justifique algo emergencial? É pai que decide, em primeiro lugar”, afirmou.

Depois disse que não quer determinar nada para a o tema. “Se tem um problema na Saúde, vão me culpar. Quando quero dar uma opinião, estou interferindo. Situação minha é complicada.”

O ministro da Saúde disse, na quinta-feira (23), que as mortes de crianças por Covid-19 estão num patamar baixo, para poder justificar a decisão da pasta em definir sobre imunização infantil apenas em 5 de janeiro.

De acordo com dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), desde o começo da pandemia até 6 de dezembro deste ano, foram registradas 301 mortes de crianças entre 5 e 11 anos por Covid-19 no país.

Em 2020, 2.978 crianças tiveram síndrome respiratória aguda grave em decorrência do coronavírus — 156 delas morrem. Neste ano, foram registrados 3.185 casos nessa faixa etária, com 145 mortes.

O ministério recebeu recomendação favorável da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na semana passada para a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos.

Bolsonaro disse também nesta sexta-feira (24) que participou da consulta pública como “cidadão”, e defendeu a proposta de exigir prescrição médica para vacinar crianças de 5 a 11 anos.

“Eu não sou médico, mas tenho uma filha de 11 anos. Mas já tinha respondido, tenho um médico do meu lado aqui [governador de Goiás, Ronaldo Caiado]. Eu acho que qualquer procedimento tem que passar pelas mãos do médico, tá ok?”, disse o presidente a jornalistas no Palácio da Alvorada.

A diretriz anunciada por Queiroga na véspera atende justamente a um pedido do presidente. No final de semana, Bolsonaro havia dito que pediu ao ministro exigência de receita médica e termo de responsabilidade dos pais para implementar a medida.

COMPARTILHE

Bombando em Brasil

1

Brasil

Criança de 9 anos escreve carta para mãe denunciando assédios do padrasto

2

Brasil

Bombeiros da Paraíba viajam para ajudar gaúchos após enchentes: “ficaremos lá até resolver tudo”, diz coordenador da operação

3

Brasil

Madonna faz doação de R$ 10 milhões às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul

4

Brasil

Motorista de Porsche diz que não percebeu velocidade e manda recado à família: ‘Não tem nada que eu possa fazer’

5

Brasil

Sobe para 83 número de mortes no Rio Grande do Sul pelas fortes chuvas