Política

ADEA defende reforma da educação em África

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A Associação para o Desenvolvimento da
Educação em África (ADEA), sediada em Paris (França), lançou terça-
feira, nas vésperas da sua bienal prevista para 27 a 31 de Março em
Libreville (Gabão), um apelo para uma profunda reforma das escolas em
África.

“Chegou o momento duma profunda tomada de consciência da urgência
de melhorar a eficácia do actual sistema educativo. Uma escola que
produz 60 por cento de reprovações pode apenas conduzir à falência”,
disse em entrevista à PANA o secretário executivo da ADEA, Mamadou
Ndoye.

“África deve, em Libreville, exprimir claramente a vontade de fazer
uma reforma total do seu sistema educativo”, acrescentou o antigo
ministro senegalês da Educação Básica, citanto a pequena infância
entre os pilares desta vasta obra.

“O desenvolvimento da pequena infância é um factor essencial para a
eficácia de qualquer sistema educativo. Não há dúvidas de que uma
criança que não é bem alimentada e que não tem uma atenção
psicológica não será um bom aluno”, garantiu o secretário executivo
da ADEA.

Ndoye disse ser indispensável a existência em cada escola de uma
liderança que associa os professores e os pais dos alunos numa
“comunidade escolar”.

“A experiência mostrou que com o mesmo pessoal algumas escolas têm
mais êxito do que outras. É a existência de uma real liderança na
escola que marca a diferença e se transforma em factor essencial de
eficácia”, explicou Ndoye, defendendo a existência, em todo o
continente, de escolas com meios pedagógicos.

“A solução para as dificuldades de acesso aos manuais escolares nas
escolas africanas parece-me tão importante como os outros factores na
procura de uma educação africana mais eficaz e mais próxima das
realidades do continente”, prosseguiu o secretário executivo da ADEA,
antes de insistir na natureza e na necessidade da vontade política
que deve apoiar a reforma da educação no continente.

“O programa que acaba de ser esboçado não pode naturalmente ser
executado se não existir uma vontade política real. Esta não se
limitará à proclamações de fé. Esperamos que os Estados traduzam esta
firme vontade através de dotações orçamentais favoráveis à escola,
através de decisões que apresentam um custo político e social”,
frisou o antigo ministro senegalês.

“A ADEA está disposta a acompanhar os esforços dos Estados africanos
que vão engajar-se na via das reformas profundas do seu sistema
educativo. Ela vai fornecer-lhes a sua perícia pondo-os em relação
com parceiros estratégicos”, disse Ndoye.

Cerca de 400 representantes de Estados africanos, de instituições
internacionais e de ONGs vão participar na bienal da ADEA para
discutir questões educativas em África.

Mesas redondas e sessões plenárias sobre problemáticas importantes da
educação em África, incluindo a educação não formal, as finanças, bem
como a educação e a participação feminina serão abordadas na reunião
de Libreville.

O encontro que contará também com a participação do presidente da
Comissão da União Africana, Alpha Oumar Konaré, e dos ministros da
Educação da África Subsariana abordará igualmente temas ligados à
docência, à pandemia do HIV/SIDA e à educação à distância.

Exposições e uma feira de inovações e experiências estão também
previstas à margem da bienal tida como uma das maiores oportunidades
de discussão sobre os problemas da educação em África.

Fonte: Pana Press

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