Pressão

Professores da rede particular de João Pessoa podem entrar em “greve pela vida” caso donos de escolas forcem retorno das aulas presenciais, diz sindicato

Sindicato não considera o momento ideal para o retorno das aulas presenciais, tendo em vista que o Estado da Paraíba ainda não atingiu a bandeira verde.

sala de aula, escola concurso

Foto: Walla Santos/ClickPB/Arquivo/Ilustrativa

O Sindicato dos Professores da Rede Particular de Ensino de João Pessoa se posicionou contrário ao anúncio feito, nesta sexta-feira (02), pelo prefeito Luciano Cartaxo, sobre o retorno das aulas presenciais nos ensinos médio e superior. De acordo com Antônio Arruda, da direção do Sindicato, caso ocorra pressão por parte dos donos de escolas para a volta dos professores para as salas de aulas, a categoria pode entrar em “greve pela vida”. 

Antônio Arruda comentou em entrevista ao ClickPB que não considera este o momento ideal para o retorno das aulas presenciais, tendo em vista que o Estado da Paraíba ainda não atingiu a bandeira verde. Destacou ainda que as escolas precisam seguir todos os protocolos de segurança da Organização Mundial de Saúde (OMS) e que para proteção dos professores é necessária a instalação de cabines nas salas de aula, pois o docente não pôde ficar quatro a cinco horas seguidas falando com o uso da máscara.

“Isso pode comprometer ainda mais a saúde do professor. É preciso oferecer total segurança para essas pessoas. Eu lamento o posicionamento do prefeito. Eu estou vendo que está cedendo pela questão eleitoral, mas que não está observando que a situação pode se agravar no futuro”, afirmou ao ClickPB.

Apesar do Sindicato ser contra o retorno das atividades presenciais, Arruda destacou que há pressões para a volta por parte dos donos de escolas. “As autoridades vão liberando, os donos pressionam e muitos professores temem perder seus empregos”, frisou. Caso isso ocorra, Arruda garantiu que a categoria pode tomar medidas mais drásticas como uma “greve pela vida e pela biossegurança”. “O ano letivo se recupera, a vida não”, ressaltou, acrescentando que a escola sempre foi um espaço de propagação de vírus. 

Na última reunião realizada com a categoria via videoconferência, os professores decidiram que não voltariam para as salas de aulas se todos os protocolos sanitários não seguissem aos determinados pela OMS. “Se tiver faltando pelo menos um ninguém volta. Também não é o momento certo para voltar porque ainda não atingimos a bandeira verde”, finalizou. 

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