Inquérito

PF investiga possível lavagem de dinheiro nas despesas de organização social que administrava UPA em Princesa Isabel

A PF teve como base para o inquérito a decisão do TCE-PB, em processo de inspeção especial que apontou irregularidades na gestão da OS.

PF investiga possível lavagem de dinheiro nas despesas de organização social que administrava UPA em Princesa Isabel

ABBC (Associação Brasileira de Beneficência Comunitária) foi contratada pela Secretaria de Saúde do Estado e atuava em 2014 na unidade de saúde — Foto:Reprodução

A Polícia Federal em Campina Grande instaurou um inquérito para investigar o crime de lavagem de dinheiro que possam ter sido cometidos por dirigentes de uma organização social que administrava a UPA e Princesa Isabel no ano de 2014. A ABBC (Associação Brasileira de Beneficência Comunitária) foi contratada pela Secretaria de Saúde do Estado.

A PF teve como base para o inquérito a decisão do TCE-PB, em processo de inspeção especial que apontou irregularidades na gestão da OS.

A informação foi levada ao Pleno do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) pelo conselheiro vice-presidente, Nominando Diniz Filho, relator de vários processos de organizações sociais que recebem recursos na Paraíba, ao registrar ofício encaminhado pela Polícia Federal, destacando o Acórdão TC-07095/16, que trata do julgamento do processo de Inspeção Especial realizada na gestão da organização social ABBC. Na decisão, o Tribunal constatou a realização de despesas não comprovadas, pagamentos indevidos e sonegação de documentos, irregularidades que causaram prejuízos aos cofres públicos do Estado na ordem de R$ 247.380,96 mil.

O documento da PF destaca a portaria que designou o delegado Carlos André Gastão de Araújo, a quem coube expedir ofícios às juntas comerciais dos respectivos estados, solicitando os contratos sociais das empresas Dynatech Software Ltda, O.G Monteiro, ACP Saúde, Galloro & Associados Auditores Independentes, Advanced Contabilidade e Apoio Administrativo, Comissário & Duarte Consultoria, Assessoria e Gestão Empresarial Ltda, Jonhsiel Lins Rocha e Redmed Comércio Serviços e Locação, algumas apontadas nos autos como beneficiadas com pagamentos de serviços não comprovados.

Entre os primeiros procedimentos determinados pelo delegado, destacam-se a expedição de ofícios solicitando oitivas de pessoas apontadas pelo TCE como responsáveis pelas condutas investigadas, entre os quais, o ex-secretário de saúde do Estado, Waldson Dias de Souza e os ex-diretores da organização social, Jerônimo Martins de Sousa e Lindinalva Dantas dos Santos, assim como os representantes e seus respectivos sócios das empresas relacionadas.

Processo – Em fevereiro do corrente ano o TCE, por unanimidade, julgou irregular a gestão da Organização Social ABBC à frente da UPA da cidade de Princesa Isabel no exercício de 2014, e imputou ao diretor da entidade, Jerônimo Martins de Souza, a devolução de R$ 247.380,96. Na decisão do Corte de Contas também cientificou o governador do Estado e encaminhou cópias do processo ao Ministério da Justiça, à Polícia Federal, ao Ministério Público e ao Conselho Federal da OAB, e à Procuradoria Geral do Município de Princesa Isabel.

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