Nocaute

Mesmo encarando Yoel Romero, Adesanya provoca Borrachinha: “Saco de areia ambulante”

Campeão dos pesos-médios do UFC acha que cubano - seu rival no UFC 248 - e o brasileiro não têm combustível para alimentar seus músculos, e diz que ainda fará 12 defesas de cinturão.

Mesmo encarando Yoel Romero, Adesanya provoca Borrachinha: "Saco de areia ambulante"

A confiança de Israel Adesanya é notória para todos que têm a oportunidade de conversar com ele. O campeão dos pesos-médios do UFC passa a certeza de que seus adversários estão sempre muito abaixo do seu nível. Falando com com exclusividade com o Combate.com em Las Vegas, o nigeriano elogiou Yoel Romero, seu adversário na luta principal do UFC 248, e deixou claro que tem o brasileiro Paulo Borrachinha em sua cabeça mesmo tendo o cubano diante de si na defesa de cinturão do próximo sábado.

– Romero é um adversário formidável, não dá para piscar o olho contra ele. É preciso se manter focado a luta inteira, porque se você se distrair por um segundo, ele pode te acertar. Vou me manter concentrado a luta inteira. Eu vi a luta dos dois – e acho que Paulo (Borrachinha) venceu. Uma coisa que eu percebi foi que Romero se cansou primeiro, e Paulo se cansou depois. Músculos precisam de combustível, e eles não têm o gás necessário para isso. Não me preocupo com ele não bater o peso, porque se ele não conseguir, vou ganhar um bom dinheiro a mais dele, e eu ainda estarei lutando pelo título, e terei mais uma defesa de cinturão no meu currículo. Por isso essa possibilidade não me incomoda. Esse fim de semana eu vou manter afiado e me divertir. É assim que vou vencer.

As provocações que Adesanya e Borrachinha trocaram após a luta entre o nigeriano e o australiano Robert Whittaker no UFC 243 não foram, de acordo com o campeão, planejadas. Segundo o nigeriano, o brasileiro sequer merece a sua atenção porque, nas suas palavras, “é um saco de areia ambulante”.

– Eu vivo o momento. Não planejo essas coisas. Da última vez eu o vi ali e deixei claro o que eu pensava. Agora, eu não sei. Ele não merece a minha atenção, mesmo sendo o próximo da fila. Vou acabar com ele antes de começar. Ele vai ser o mesmo que eu vi na sua última luta. Um saco de areia ambulante que vem na minha direção. Só tenho que fazer o que sempre faço. Bater nele e nocauteá-lo.

Perguntado sobre o legado que deseja deixar, Adesanya disse que gostaria de ser lembrado como um lutador que jamais recusou ou escolheu lutas, que escolheu os adversários mais duros que houvesse, e que foi o maior de todos os tempos, a exemplo do seu maior ídolo, Anderson Silva, porém com números ainda mais impressionantes, como o número de defesas de cinturão que ele pretende fazer: 12.

– Legado… boa pergunta. É por ele que eu estou lutando contra Romero. Quero que, quando a minha carreira acabar, ninguém diga que eu não deveria ter aceitado uma determinada luta. Alguns empresários dizem para seus lutadores não aceitarem determinada luta, dizem para eles lutarem em determinada categoria. Eu não quero ser um lutador que evita enfrentar quem quer que seja. Eu procuro o maior desafio disponível. É atrás dele que eu vou. Quando eu me aposentar, quero que digam que eu venci todo mundo. Que eu não fugi de ninguém. Que eu fui lá e acabei com eles. É esse o legado que eu quero deixar, para me consolidar como o melhor de todos os tempos. Ser melhor que Anderson Silva é um dos objetivos que eu coloquei na minha lista. Não quero defender meu cinturão apenas uma vez. Tenho mais doze defesas pela frente. Vou continuar em frente. Quero fazer o que ele fez, do meu jeito.

Invicto em 18 lutas como profissional, Israel Adesanya diz não se preocupar em construir um cartel perfeito na carreira. Na sua opinião, o mais importante é pensar em vencer cada luta que aparecer à sua frente.

– Eu não me preocupo com cartel perfeito. Não existe cartel perfeito para mim. O meu negócio é vencer. Quero continuar vencendo, expandindo o meu conhecimento em artes marciais, e evoluindo cada vez mais. Eu melhoro a cada luta, e quanto mais eu melhoro, mais difícil é para os caras me pararem.

Aos 30 anos de idade e já faturando como uma das grandes estrelas do UFC, Adesanya revela que muita coisa mudou ao ser redor após a conquista do cinturão, mas garante que a sua essência permanece a mesma, apenas com mais sonhos e objetivos a alcançar. Entre eles, uma surpreendente vontade de enfrentar Darren Till no futuro.

– Tudo ao meu redor mudou, mas eu continuei sendo o mesmo. Mais dinheiro, mais notoriedade, mais fama… Mas eu tenho que manter a mesma energia. Comprei mais uma casa em Auckland (risos). Eu comecei a sonhar de novo no fim do ano passado. Voltei a sonhar grande, adicionando mais ítens à minha lista de coisas que quero fazer, comprar e conquistar. Estou ansioso por tudo isso. Tem algumas lutas que eu sonho fazer. Falando em estilo de luta, Darren Till seria uma delas. Acho que o nosso jogo casa bem.

Conhecido pelas habilidades na luta em pé, o nigeriano não deixa de cuidar do seu jiu-jítsu. Aluno do brasileiro André Galvão, Adesanya revelou ter recebido de surpresa a faixa azul, e explicou que gostaria de ser visto como um faixa-branca por toda a vida, para surpreender os rivais com seu jogo de chão quando fosse preciso.

– André Galvão me deu a faixa azul de jiu-jítsu. Eu esperava ser um faixa branca para sempre, e, em segredo, ter um bom jiu-jítsu. Mas ele chegou um dia e eu não entendi. Fiquei surpreso com a faixa azul. Foi um momento especial. Eu treino todos os dias, mas não muito com o quimono. Eu deixo o quimono pendurado, porque eu não preciso muito dele no trabalho que eu faço. Mas estou sempre afiando minhas armas nas artes secretas.

Fonte: combate.com

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