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Raphael Assunção volta ao octógono depois de focar na carreira amadora de piloto

Após ser finalizado por Marlon Moraes em fevereiro, Assunção parou de treinar por três meses e competiu em corridas de carro nos Estados Unidos. No UFC 241, o brasileiro encara Cory Sandhagen.

Raphael Assunção volta ao octógono depois de focar na carreira amadora de piloto

O brasileiro Raphael Assunção apareceu com um semblante tranquilo para a entrevista exclusiva à reportagem do Combate.com, às vesperas de sua luta contra Cory Sandhagen, no UFC 241, na Califórnia. O peso-galo perdeu sua última luta em fevereiro para o também brasileiro Marlon Moraes e preferiu se afastar dos treinos e se dedicar em um hobby que se transformou em coisa séria para ele: corrida de carros. Foram três meses mergulhado no universo dos pneus, motor e combustível para, aí sim, voltar aos treinos e iniciar o camp para o combate deste sábado, na cidade de Anaheim.

– Eu tirei um tempo pra mim. Falei até pra minha mãe, que me liga sempre: “Meu filho, e os treinos?”. Falei: “Mãe, não quero saber de treino agora”. Tirei realmente um tempo pra mim mesmo, três meses em que não fiz nada. Na verdade, eu tenho um hobby. Falo assim porque está sempre na minha cabeça, é uma coisa que me ocupa, que é bastante foco e que está sempre comigo, que são as minhas corridas amadoras. (Corrida GT). Não é tipo “ah, fui jogar golfe”, que você pega um carro e não tem que trocar nada. Esse hobby que eu tenho é totalmente diferente. Tem a preparação do carro, o foco, você tem que estudar a pista. Eu gosto de usar isso como se fosse em uma luta. Você não pode cometer erros, é bem tático.

Raphael Assunção mora em Atlanta, no estado da Georgia, mas decidiu fazer pela primeira vez na carreira todo seu camp na American Top Team, na Flórida. O atleta já havia passado parte de preparações para lutas anteriores na ATT, mas dessa vez pôde respirar por oito semanas a atmosfera da academia que abriga grandes nomes do MMA mundial como a brasileira Amanda Nunes. Assunção nem saiu do espaço de treino: morou no dormitório da academia por todo esse tempo.

– Sim, basicamente. Tomei a decisão de ir para a Flórida (na ATT) e fiquei lá quase integralmente. Foram oito semanas lá no dormitório, o “Big Brother” dos lutadores. É uma academia nova, acho que eles têm três ou quatro anos nessa estrutura, e é bem legal, um negócio bem industrial. A cozinha é quase do tamanho da minha casa. Foi legal, treinei com todo mundo, né? Todos os famosos que o pessoal do Brasil conhece. Quando cheguei lá, a Amanda Nunes estava finalizando o treino dela. Toda hora eu assistia aos treinos dela, porque é meio privado, eles não fazem tão aberto. E foi muito legal pra absorver mesmo essa energia da nossa campeã, a experiência, tudo.

A preparação, que passou por um “descanso” das lutas nas competições em quatro rodas, também visa a uma postura mais leve no próximo desafio do UFC. Um dos objetivos de Raphael Assunção no UFC 241 é curtir o momento e se divertir durante a luta. No entanto, do outro lado estará o nono colocado no ranking da categoria peso-galo, Cory Sandhagen, que tenta superar o segundo brasileiro seguido – venceu John Lineker em abril.

– O Cory é um cara bem tático, que se movimenta bem… Acho que é só isso que eu posso falar em termos físicos. Um cara que parece ser inteligente e sabe usar os golpes na hora certa. Acho que o jogo casa bem, é um grande desafio pra mim. Quero usar o que eu não usei na última luta, até porque não deu tempo. O americano usa muito isso de falar “have fun” (se divertir). Mas sou tão focado, e tem o aspecto do resultado e a nova oportunidade, da própria chance pelo cinturão novamente, que eu nunca tive e estou sempre buscando. Mas quero ter também a chance de ir lá e aproveitar também o momento um pouco. Estou olhando como seria a minha volta e um possível desafio pra categoria. E eu acho que é depois dessa próxima vitória. Ganhando do Cory posso entrar de novo nesse jogo de negociações, de “falações”… é o que eu sonho – disse Raphael Assunção.

Fonte: Combate.com

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