Thiago Marreta foi bem claro ao demonstrar sua frustração após vencer Anthony Smith por nocaute técnico no último sábado, no UFC Belém: com quatro vitórias seguidas por nocaute/nocaute técnico, acredita que merece consideração entre os candidatos ao cinturão do peso-médio. Atualmente na 15ª posição do ranking da categoria no Ultimate, o lutador carioca reitera que não liga para sua colocação na lista, mas quer que seu próximo adversário seja bem colocado por um motivo simples: é a única forma de conquistar uma oportunidade de disputar o título.
– Como falei e repito: apesar de estar no ranking, eu não faço questão, continua sendo um ranking de mentira. Muitos merecem estar ali sim, mas tem muitos que não merecem. O ranking não é real. Meu objetivo não é estar no ranking, eu quero ser o campeão. Pedi um top 5, alguém ranqueado de sexto para cima, porque quero alguém que me leve até o cinturão. Não quero ficar fazendo parte de estar no ranking – estar dentro, estar fora, ser o 14º – para mim tanto faz. Quero lutar com um cara que me leve até o cinturão, é isso que estou pedindo – explicou Marreta à imprensa após sua luta contra Smith.
Apesar disso, o lutador brasileiro garante que sua atitude não vai mudar: não vai negar adversários, mesmo que os oponentes não cumpram as estipulações feitas por ele… ou sejam seus compatriotas, como Ronaldo Jacaré, por exemplo. O peso-médio capixaba é o terceiro colocado do ranking.
– Não tenho objetivo de lutar com brasileiro, mas também não tenho nada que me impeça. Meu objetivo maior é o cinturão, e, se para isso tiver que enfrentar um brasileiro, não tenho nada que me impeça – garantiu.
Lesão séria na costela nos treinos – A vitória por nocaute técnico sobre Anthony Smith, iniciada por um duro chute do brasileiro na costela do americano, ficou ainda mais impressionante após a revelação feita por Marreta nos bastidores. O peso-médio carioca contou que teve fratura em dois lugares na costela em dezembro, pouco depois do anúncio oficial do confronto, e que sua equipe considerou desistir do combate.
– Só Deus mesmo para eu estar aqui hoje. Minha costela quebrou em dois lugares, tenho o raio-X disso. A gente segurou a onda até cicatrizar. Se eu fiz dois ou três sparrings duros para esta luta, foi muito. Foi um camp que fiz pouco sparring devido à minha costela, fiz mais treino técnico, mas como lutei muito próximo (antes), a gente aproveitou o camp passado. Apenas estabilizou, depois deu uma levantada de novo, e deu tudo certo. Meus treinadores queriam me tirar. Mas eu falei, “Me dá um tempinho, vamos tentar.” O médico falou que, se eu segurasse duas semanas, calcificava, eu conseguiria treinar um pouquinho. Então eu fiz só a parte física, segurei um pouco para começar a intensificar os treinos. Até um pouco atrás eu estava sentindo incômodo ainda, mas hoje não me atrapalhou em nada – afirmou Marreta.
Fonte: Combate.com