eletricidade

Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, revela que energia solar e eólica gerada no Nordeste é exportada para o Sudeste: “problema regional muito sério”

Sérgio Gabrielli explicou que essa exportação é prejudicial para o Nordeste, por perder energia gerada na própria região.

Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras

Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras. Foto: ClickPB

Sérgio Gabrielli, ex-presidente da petroleira brasileira Petrobras, revelou que as energias solar e eólica, geradas na região Nordeste, são exportadas para o Sudeste.

Em entrevista ao jornalista Clilson Júnior, do ClickPB, Sérgio Gabrielli explicou que essa exportação é prejudicial para o Nordeste, por perder energia gerada na própria região.

Ele reforçou que é preciso aumentar o consumo local nos estados nordestinos, para que seja aproveitado pelo próprio Nordeste.

“Nós temos um problema regional no Brasil que é muito sério. Hoje, o Nordeste brasileiro, incluindo a Paraíba, é exportador de energia. Exportamos principalmente para o Sudeste. Nesta exportação, nós perdemos energia. Então precisamos aumentar o consumo de energia no Nordeste, para que esse crescimento da energia eólica e solar fique aqui na região”, explicou Sérgio Gabrielli.

De acordo com o ex-presidente da Petrobras, as energias solar e eólica possuem problemas naturais, por não serem permanentes e que é necessário possuir sistemas de armazenamento, para que equilibrem o sistema elétrico.

“A energia eólica e solar tem um problema intrínseco nela, por serem intermitentes, ela não é contínua, não pode ser permanente, não pode ser a base de um sistema elétrico. Você precisa ter ou bateria, ou algum sistema de armazenamento, ou você precisa ter um mecanismo de produzir alguma coisa com essa energia que possa depois equilibrar e estabilizar o sistema elétrico”, destacou o ex-presidente da Petrobras.

Energia Solar

Sérgio Gabrielli também afirmou que o investimento em placas solares são rentáveis para classe média, classificando como uma fonte de energia que ‘vale a pena’ para diminuir os gastos com energia elétrica.

“É uma saída, mas ela é perversa, pois geralmente quem pode fazer isso é a classe média, que tem condições para fazer esse investimento, que é rentável, você recupera esse investimento em três ou quatro anos. Mas é importante lembrar que, para fazer isso, como eu disse que na energia solar, não tem sol de noite, sua conta de luz diminui pois você entra no sistema elétrico, utiliza as linhas de distribuição, e faz do sistema elétrico a bateria que você não tem na sua casa. Consequentemente, durante a noite você usa o sistema elétrico e durante o dia você gera energia mais do que usa e injeta no sistema elétrico. Então você durante o dia injeta energia no sistema elétrico mas de noite você utiliza o sistema elétrico. Esse equilíbrio, às vezes, não é tão fácil de conseguir. E, por outro lado, o custo das linhas de transmissão devem aumentar, mas ainda sim eu acho que nesse momento, para a classe média, vale a pena fazer o investimento para montar uma placa elétrica e diminuir seu gasto de energia”, afirmou Sérgio.

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