Política

Brasil terá primeiro curso de licenciatura em libras

A Universidade Federal de Santa Catarina abrirá, em setembro próximo, o primeiro curso de licenciatura em letras e língua brasileira de sinais (libras) no país

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com outras nove instituições de ensino superior públicas, abrirá, em setembro próximo, o primeiro curso de licenciatura em letras e língua brasileira de sinais (libras) no país. Professores leigos (surdos) que trabalham com libras em sala de aula formam o público-alvo deste curso inédito de graduação, que terá 500 vagas, 50 por instituição, e será ministrado nas modalidades presencial e a distância.

O objetivo é formar professores em letras e libras. Desde o vestibular, que está previsto para o início de agosto, o candidato deve mostrar fluência em libras, que será a linguagem das provas, e compreensão de textos em língua portuguesa. Para todos os conteúdos em língua portuguesa haverá intérprete em libras. O curso terá duração de quatro anos e certificação da UFSC.

Os recursos, de R$ 5 milhões, serão repassados às instituições pelas secretarias de Educação a Distância (Seed/MEC) e de Educação Especial (Seesp/MEC). Segundo o diretor de políticas para educação a distância do MEC, Hélio Chaves Filho, a verba destina-se à remuneração dos assistentes, coordenadores e professores, à produção de materiais didáticos e à estrutura física dos laboratórios.

De acordo com a coordenadora do curso de letras e libras da UFSC, Ronice Milhomem, as dez instituições que integram o projeto vão oferecer aos alunos um guia de estudos em libras–português, um guia, em DVD, de sinais e ambiente virtual. O pólo terá um professor-assistente para cada 28 alunos e um coordenador local, responsável pela estrutura do pólo, pela recepção das videoconferências, pelo encaminhamento das avaliações dos alunos e pela acessibilidade à biblioteca, ao restaurante e a áreas de estudo e lazer.

“O projeto é inovador e tem amplo apoio do MEC. O ministério também está atendendo uma demanda social e não vai se limitar a uma universidade”, destacou Marlene Gotti, assessora técnica da Seesp. “Ele já começa com uma abrangência nacional, com representação em diversas regiões brasileiras.”

Censo — O Brasil tem mais de cinco milhões de pessoas com problemas relacionados à surdez. Dados do Censo Escolar de 2005, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), indicam que na educação básica estão matriculados mais de 66 mil alunos com surdez, e a maioria deles se comunica em libras. No ensino médio, são mais de três mil alunos e, na educação superior, cerca de 900.

Sob a coordenação da UFSC, o curso será oferecido pelas universidades federais do Amazonas (Ufam), do Ceará (UFCE), da Bahia (UFBA), do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de Santa Maria (UFSM), pelas universidades de Brasília (UnB) e de São Paulo (USP), pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) e pelo Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Goiânia.

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